Cláudia Antonelli
Com o fim do horário
de verão, 17 de fevereiro, os dias tornam-se mais curtos e as noites mais
longas, forçando a utilização de lâmpadas com mais frequência e por períodos
mais longos. Consequentemente, essa prática amplia o gasto energético e aumenta
o peso da conta de luz no bolso do consumidor. A medida, adotada de forma anual
desde 1985, é importante para conscientizar a todos, mas há métodos simples que
devem ser executados para gerar economia durante todo o ano, mesmo após o
Governo anunciar corte de 18% na tarifa de energia das residências.
Uma boa opção para
seguir economizando é a utilização de fontes de luz mais eficientes. Com o
banimento das incandescentes, lâmpadas como as de LED e as fluorescentes
compactas ganharam destaque, fazendo com que o mercado se adapte à nova
realidade do setor. Um exemplo prático é fazer a troca de incandescentes de 60W
por fluorescentes compactas equivalentes, de 15W. Realizar esta mudança em uma
residência de dois quartos gera, em um ano, uma economia de aproximadamente
R$230,00, de acordo com estatísticas do Inmetro. Além disso, pintar o teto e as
paredes internas com cores claras, que refletem melhor a luz, também diminui a
necessidade de utilizar diversos pontos de luz nos
cômodos.
Há ainda outras
atitudes simples que podemos adotar em casa, como, por exemplo, evitar o uso de
aparelhos elétricos durante o horário de pico (das 18h às 21h), bem como
desligar equipamentos da tomada quando não utilizados. Isso porque, o famoso
modo “stand by” é responsável pelo desperdício de energia que, apesar de parecer
baixo, é significativo e pode representar 12% do consumo doméstico. Por estar
conectado na tomada, significa que há corrente elétrica passando pelo circuito
do aparelho e alimentando a iluminação do mostrador ou relógio digital.
Portanto, a dica é fácil: somente deixem ligados aqueles eletroeletrônicos que
são utilizados com mais frequência e, se for viajar, desligue a chave-geral.
Atenção na hora da
compra
Também é importante
saber quais produtos possuem melhores níveis de eficiência energética. Por isso,
o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), aplicado pelo Inmetro, que tem como
carro-chefe a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), é o
responsável por classificar a eficiência dos equipamentos em sete categorias, de
A (mais eficiente) a G (menos eficiente). Ter atenção a essa medida pode
beneficiar o consumidor na hora da compra de qualquer eletroeletrônico,
colaborando com a economia durante o ano inteiro.
Portanto, adotar
algumas atitudes, como utilizar lâmpadas econômicas, verificar selos de
qualidade e atentar-se ao consumo desnecessário de energia farão com que no fim
do mês a conta de luz seja mais baixa. Mas o principal é que, no próximo ano, o
horário de verão seja apenas mais uma ferramenta, dentre tantas, a auxiliar na
economia energética, seja em que época for. Pense nisso.
Cláudia Capello
Antonelli é formada em
Arquitetura e Urbanismo com especialização em Marketing e é gerente de Produto
da OSRAM.
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