Confira os 10 mandamentos para
empreendimento não fechar em 6 meses
Adri
Vicente Junior, da Food Service Company, empresa de planejamento gastronômico,
indica estratégias para se manter no mercado
Planejamento é
a palavra-chave para quem está no mercado da gastronomia. Abrir um restaurante,
bar ou hotel não pode se basear apenas em um sonho. Segundo pesquisa recente do
Sebrae, a taxa de mortalidade de micro e pequenas empresas nos dois primeiros
anos de atividade é de 26,9% no Brasil. Muitas delas não chegam nem ao primeiro
ano de vida. Na área gastronômica é comum um restaurante abrir e em seis meses
ser obrigado a fechar as portas. Para minimizar riscos, Adri Vicente Junior,
diretor da Food Service Company, empresa de planejamento, concepção e execução
de empreendimentos gastronômicos, indica os 10 mandamentos para um restaurante
não fechar no primeiro semestre de vida.
“Os primeiros
meses de existência de um negócio são muito arriscados. Geralmente é o período
pós-investimentos, quando o proprietário já quer parar e gastar e, se possível,
começar a ter retorno financeiro. Mas é importante seguir um planejamento já
definido e agir com a chegada de dificuldades. Não tem jeito: sempre haverá algo
a ser feito”, afirma Vicente Junior.
O especialista
separa os 10 mandamentos em medidas a serem tomadas antes e depois da abertura
do restaurante. “Os dois momentos merecem atenção. Há ações a serem iniciadas
antes da abertura das portas. Mas, claro, é preciso uma série de preocupações
quando o atendimento começa”, ressalta o empresário.
1 – Investimento- é importante
procurar o melhor ponto para o estabelecimento, com características de
aproveitamento arquitetônico. Ou seja, um espaço que tenha características de
áreas que facilitem o projeto funcional pretendido e que fique em uma região
adequada para a atividade do negócio. O conceito do projeto deve respeitar a
rentabilidade do negócio. Antes de gastar, o empreendedor precisa calcular o
quanto terá de retorno financeiro, e em quanto tempo. A partir do lucro
pretendido calcula-se o quanto pode ser investido.
2 – Planejamento – Todo o planejamento deve ter como
diferencial a economia, seja de espaço físico ou de recursos financeiros.
Planejar antes é garantir que não seja necessário reformar depois. Construir um
negócio com áreas de dupla utilização - por exemplo, bancada de preparo com
apoio de cocção – agiliza o trabalho, evita desperdícios e reduz o
custo.
3 – Equipe –Todas as etapas da
montagem do restaurante devem ser dirigidas por profissionais, em todos os
setores, desde a formatação dos produtos ofertados, detalhamento técnicos dos
projetos, formatação da equipe de obra civil até o treinamento funcional dos
funcionários. O proprietário deverá ter como principio básico atuar em todas as
áreas do empreendimento, para que avalie a atuação e competência de cada setor.
Deve saber fazer o que seus funcionários sabem. É necessário atenção à
legislação vigente e às normas de higiene e segurança alimentar e à padronização
e respeito a áreas especificas de portadores de necessidades
especiais.
4– Respeito ao meio
ambiente – Nos últimos anos este ponto virou preceito básico. É fundamental
se avaliar onde serão dispensados lixo e gases, por exemplo, sob risco de perder
clientela ao abrir as portas. A construção já pode respeitar pontos de
sustentabilidade. É ganho para o meio-ambiente e para o
empreendedor.
5 – Prever a qualidade – O
trabalhador é parte essencial do empreendimento. A consciência de que é preciso
criar um time é um ponto positivo para o empreendedor. Deve-se pensar na
qualidade do dia a dia e respeitar a brigada de trabalhadores. Além de atender
cordialmente, é necessário humanizar o contato entre funcionários e clientes.
Acomodação correta, explicação do prato, indicação de bebida... pontos que
marcam o cliente. A máxima “o cliente em primeiro lugar” deve ser o norte da
empresa. É importante pensar no produto a ser ofertado tendo como parâmetro sua
concorrência e sempre aprimorar o cardápio para que não fique defasado em
relação ao mercado regional de atuação.
Quando o empreendimento já
estiver em funcionamento:
1- Controle de
qualidade- Ganhar o
cliente hoje em dia vai além do bom atendimento. Pontos básicos: preocupar-se
com a matéria-prima dos pratos, garantindo produtos frescos e de qualidade,
cuidar do bom atendimento e da apresentação da comida, além de suprir as
expectativas pretendidas de cada cliente. Se atender bem já é obrigação, atender
mal virou sinônimo de perda de clientela.
2- Necessidade do
cliente- O
empreendimento precisa focar no que a sua clientela quer. Se um restaurante de
frutos do mar não emplacou, pode começar a oferecer peixes em seu cardápio. O
uso da caixinha de sugestões deve ser incentivado pelo proprietário, assim não
mantém seu restaurante “engessado”.
3- O que dá lucro - Manter a contabilidade em dia. Saber
quais pratos dão lucro e aqueles que não dão é fundamental para o dono do
estabelecimento se programar e não investir em alimentos que não dão o retorno
estimado. Também é necessário calcular a quantidade de refeições servidas
diariamente, para evitar o desperdício.
4- Imagem regional - Focar na sua região. Não adianta
fazer propaganda de um estabelecimento que se localiza em uma rodovia, por
exemplo, em um jornal que circula apenas na cidade. Neste caso, as melhores
opções seriam outdoors e folhetos distribuídos nos pedágios. É preciso fazer com
que seu cliente saiba que você existe. É preciso atentar para o que dá retorno
na sua região.
5- Comando- A máxima: “é o olho do dono que
engorda o gado” continua valendo. Terceirizar o gerenciamento do seu negócio nos
primeiros meses é muito arriscado, pois só quem vivencia a realidade e conhece o
empreendimento sabe a melhor maneira de administrá-lo.
A Food
Service Company
Localizada em
São Paulo, a Food Service Company é a única empresa do Brasil especializada em
entregar restaurantes, refeitórios e hotéis completamente prontos, em um “pacote
cheio”, incluindo planejamento financeiro (de custos e receita, por exemplo),
sem que o proprietário precise se desgastar atrás de fornecedores e mão de obra
ou se preocupar se o negócio dará certo.
Especializada
na área de gastronomia, a empresa está há 24 anos no mercado. Recentemente focou
suas atuações em avaliações de negócios e, assim que aprovados, na entrega total
deles. A lista de clientes da empresa inclui nomes de peso na gastronomia
nacional, como Fran’s Café, Dulca, Café do Ponto, Pizza Hut, Sadia e Vivenda do
Camarão. Mas nos últimos anos, com o crescimento da economia brasileira,
empresas de outras áreas e novos empreendedores têm procurado os
serviços.
A Food Service
Company tem dois escritórios no Estado de São Paulo, na capital e na cidade de
Valinhos. Isso porque o interior paulista tem crescido a passos largos no ramo
alimentício. Com as duas unidades, a empresa tem atendido em todo o Brasil,
especialmente as regiões Centro-Oeste e Nordeste.
No último ano a
Food Service ampliou sua área de atuação para o setor hospitalar. Depois de
pronta a estrutura física de uma nova unidade, com todas as necessidades médicas
instaladas, a empresa entra com o planejamento de atendimento e com a definição
de operação. Entre seus clientes está o novo Hospital Villa-Lobos e o Cema, na
capital paulista.
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