Sentir-se extremamente cansada sem motivo aparente, se esquecer de
tarefas simples, ter dificuldade para se concentrar, notar que o cabelo ficou
mais ralo, as unhas quebradiças e a pele mais seca, e ganhar peso mesmo quando
está controlando a alimentação podem indicar hipotireoidismo, uma insuficiência
na produção dos hormônios T3 e T4. A doença é de cinco a oito vezes mais comum
em mulheres do que em homens, sendo que os distúrbios da tireoide geralmente
surgem a partir dos 30 ou 40 anos. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico,
melhor a qualidade de vida dos pacientes.
De
acordo com Osmar Saito, médico radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil
(CDB), em São Paulo, a doença
pode ser diagnosticada por um simples exame de sangue em que são realizadas as
dosagens dos hormônios tireoidianos T3 e T4, além do TSH – hormônio produzido
pela hipófise e que estimula a tireoide a produzir seus hormônios. Também poderá
ser solicitada a dosagem de auto-anticorpos. Entretanto, quando o médico clínico
ou o endocrinologista suspeitar da presença de nódulos, poderá surgir a
necessidade da realização de exames complementares, como ultrassonografia,
cintilografia ou mesmo uma biópsia.
“Em
97% dos casos, a presença de um nódulo na tireoide não significa que a pessoa
esteja com câncer. Para os outros 3%, é importante salientar que esse tipo de
câncer costuma apresentar ótima evolução. Mesmo assim, pacientes com história de
irradiação prévia na região do pescoço ou com histórico de doença tumoral
tireoidiana na família deverão ser submetidas a uma pesquisa
clínico-laboratorial e exames de imagem mais minuciosos”, diz Saito.
Com proporções continentais, nem
todos os centros diagnósticos do Brasil contam com equipamentos de ponta e
operadores bem treinados. De acordo com o radiologista, há casos em que é
preferível se concentrar nas características apresentadas pelo ultrassom para
tentar selecionar os nódulos com risco aumentado para câncer.
“O sucesso do médico que realiza
a ultrassonografia da tireoide está na realização desse procedimento com
equipamento sensível e transdutor de frequência apropriada. Também é fundamental
ter plena consciência da história clínica da paciente e do que procurar durante
o exame. Utilizar a técnica corretamente, produzir boa documentação fotográfica
e descrever as alterações significativas no corpo do laudo, principalmente os
critérios necessários para análise do risco do nódulo tireoidiano, são passos
que certamente beneficiarão a paciente e atenderão as expectativas do médico que
solicitou o exame”, diz Saito.
Fonte: Dr. Osmar Saito, médico radiologista do
Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo.
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