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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Mais recursos para a rede de Tele-emergência e Tele-UTI


Projeto em parceria com o Incor receberá R$ 20 milhões do Ministério da Saúde. Rede Universitária de Telemedicina também inaugurou e cinco núcleos



O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta sexta-feira (15) em São Paulo parceria com o Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP (Incor) para implantação de uma rede informatizada de apoio à assistência em ambientes de emergência e de tratamento intensivo. 

O investimento e o custeio do Ministério da Saúde somam R$ 20 milhões. A iniciativa permite que profissionais de prontos-socorros, Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e Unidades de Pronto Atendimento 24 Horas (UPA) tenham acesso a orientações de médicos especialistas, à distância e em tempo real. Também foram implantados cinco novos núcleos da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), que promove a educação em saúde a distância.

O ministro enfatizou na cerimônia, no Incor, em São Paulo (SP), a importância de uma rede voltada à área de urgência e emergência. A ferramenta será voltada à terapia intensiva e emergências relacionadas a doenças do coração, e vai promover agilidade e eficiência nas tomadas de decisão, com o objetivo de reduzir a mortalidade.


“Hoje nós temos um conjunto de informações e de ferramentas para a tomada de decisões. Mas o que faz de fato a diferença é a experiência de quem esta aqui, que pode ser compartilhada com os profissionais lá na ponta do sistema. Por mais que a gente tenha tecnologia da informação, ela deve servir especialmente para aproximar quem tem experiência de quem tem a necessidade”, ressaltou o ministro.


A meta inicial é implantar e manter 200 pontos remotos, em cinco estados – São Paulo (90), Bahia (35), Pernambuco (30), Paraná (30) e Distrito Federal (15). A distribuição dos pontos foi definida com os gestores estaduais, seguindo o critério populacional e as necessidades mais imediatas. Após implantação desta primeira proposta, o projeto será disponibilizado a todas as unidades federadas interessadas.

TELEMEDICINA – A RUTE, que promove educação em saúde a distância no país, ganhou mais cinco núcleos – dois em São Paulo, um na Bahia, um no Paraná e um no Rio de Janeiro. Com isso, a rede passa a contar com 73 núcleos, no total. A meta é ampliar para 158 até 2014.


A iniciativa é coordenada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, com o apoio do Ministério da Saúde. A rede viabiliza a realização de 600 sessões de vídeo e webconferência por ano, e, em média, duas a três sessões científicas diárias, com a participação de 300 instituições da América Latina.

Os novos núcleos foram instalados na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (BA), no Hospital Universitário Regional de Maringá da Universidade Estadual de Maringá (PR), no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into/RJ), no Incor e no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (Centrinho) da Universidade de São Paulo (SP).


Além de promover o desenvolvimento da educação e da pesquisa, a RUTE contribui para a melhoria da Atenção à Saúde no país, por meio do apoio ao Telessaúde Brasil Redes. Essa é uma iniciativa do Ministério da Saúde que promove a realização de teleconsultorias, telediagnósticos e “segundas opiniões formativas” na Atenção Básica.


“Qualidade e troca de experiências. Isso foi útil recentemente na ação de apoio e socorro às vítimas do incêndio em Santa Maria (RS). Utilizamos a rede RUTE para discutir os casos e condutas e ela continuará sendo utilizada também no acompanhamento dos pacientes que já tiveram alta. Temos muitos desafios, mas a qualidade e a excelência devem ser uma obsessão para o SUS”, afirmou o ministro.


TELESSAÚDE BRASIL REDES – O programa Telessaúde Brasil Redes interliga núcleos de especialistas e unidades de saúde da Atenção Básica, que trocam informações com o objetivo de melhorar o atendimento no SUS e qualificar o diagnóstico e o tratamento no nível básico da assistência. O programa está em funcionamento em 14 estados e já realizou, desde 2005, cerca de 50 mil teleconsultorias, 666 mil telediagnósticos (análise de exames de apoio a distância) e 640 “segundas opiniões formativas”.


A rede é composta por 13 núcleos localizados em instituições formadoras de referência e órgãos de gestão. Conta com aproximadamente 2 mil pontos em Unidades Básicas de Saúde (UBS) de 1.152 municípios, com 21.260 profissionais das equipes de Saúde da Família com acesso à rede. Em 2012, o Telessaúde Brasil Redes recebeu um reforço de R$ 70 milhões para implantação de novos pontos e 64 núcleos, e estará presente, até o final de 2013, em 3.266 municípios de todas as unidades federativas.


ROBÔ – O ministro da Saúde ainda anunciou o investimento em pesquisa para avaliar a eficácia de um robô cirurgião – batizado de “Robô Da Vinci” –, que poderá ser utilizado em cirurgias oncológicas e funcionais. O Ministério da Saúde destinará R$ 8,21 milhões. Será realizado estudo comparativo entre videocirurgia com e sem o uso do robô. O objetivo é avaliar o custo-efetividade para verificar a viabilidade de o robô ser incorporado ao tratamento no SUS.


As principais vantagens da cirurgia robótica são a precisão do instrumento e a destreza, o que evita tremores na manipulação. Além disso, o robô pode apresentar imagem tridimensional, o que dá maior capacidade para localizar os vasos sanguíneos, nervos e tecidos. Também reduz a fadiga do cirurgião. O robô poderá ser usado nos campos da urologia, ginecologia, cabeça e pescoço e aparelho digestivo.

Por Priscila Costa e Silva e Bárbara Semerene, da Agência Saúde
Atendimento à Imprensa
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