Indicação de alimentos, suplementos e hábitos saudáveis estão entre as práticas do tratamento que ajuda a prevenir doenças.
Retenção de líquidos, dificuldades para perder peso, dores de cabeça, compulsão por doces, cabelos e unhas fracas e até problemas de memória podem ser tratados pela terapia ortomolecular. “A abordagem ortomolecular surgiu na metade do século XX e chegou no Brasil lá pelos anos 80. Ela ficou famosa depois que várias atrizes e modelos emagreceram com a terapia e divulgaram o tratamento publicamente”, afirma o médico ortomolecular e geriatra Iragildo N.N. Machado, associado do Sindicato dos Terapeutas do Estado do Rio de Janeiro (SINTER-RJ).
A terapia ortomolecular tem como princípio a busca do equilíbrio químico do organismo, combatendo os radicais livres – prováveis causadores de doenças e do envelhecimento do corpo. Para atingir este objetivo são utilizadas substâncias antioxidantes, como aminoácidos, minerais e vitaminas. “A terapia contribui para a prevenção de doenças e para a promoção da saúde, mas não existe milagre. É fundamental a associação de hábitos saudáveis e atividades físicas regulares para que os resultados apareçam”, destaca.
O principal objetivo da terapia ortomolecular é restaurar a quantidade de vitaminas e minerais até que eles fiquem em níveis considerados ideais para o organismo. Segundo o terapeuta holístico Paulo Edson Reis Jacob Neto, presidente do Sindicato dos Terapeutas do Rio de Janeiro (Sinter-RJ), o tratamento deve ser totalmente personalizado. “A pessoa faz exames para que as carências minerais sejam identificadas e supridas. Cada indivíduo possui um cotidiano diferente e seu organismo também tem características únicas em relação a outras pessoas”, observa.
A ausência de determinadas substâncias no organismo pode causar disfunções como a ansiedade, nervosismo, estresse e depressão e outros sintomas desconfortáveis que não são detectados pelos exames convencionais. “O indivíduo pode sentir uma desarmonia no seu organismo, mas não sabe qual é a causa e nem como alterar essa situação. Por isso é essencial estar atento aos sinais do corpo e buscar ajudar especializada para que o incômodo seja eliminado e as doenças sejam prevenidas”, aponta Paulo.
Saiba como a deficiência de minerais prejudica o organismo
Quem tem dificuldades para emagrecer, por exemplo, pode estar com deficiência de ácidos graxos essenciais e vitamina A. Neste caso o tratamento inclui uma dieta especial, com alimentos como linhaça, cenoura e salmão e suplementos específicos de acordo com o diagnóstico do paciente. “Os resultados são gradativos e dependem do esforço do paciente, que devem deixar a preguiça de lado. Especialmente quando o objetivo é emagrecer, os exercícios físicos são primordiais”, enfatiza Paulo.
Se o problema é a retenção de líquidos, que causa desconforto e inchaço em várias regiões do corpo – principalmente na área abdominal -, o desequilíbrio está relacionado com a ausência de potássio, fósforo e sódio. “Alimentos como pêssego, ameixa, figo, nozes, acelga, azeitona e água de coco ajudam a repor os níveis adequados destes minerais. A falta de potássio, associada à ausência de magnésio, também causa câimbra e dores de cabeça. Para equilibrar o organismo recomenda-se o consumo de banana, milho, laranja e acerola”, declara Machado.
Fraqueza, indisposição e mal estar são sinais de que o corpo está precisando aumentar os níveis de vitaminas A, C e E e do mineral ferro. Para amenizar os sintomas a dieta deve ser rica em frutas, verduras e carnes magras. “Além das alterações na dieta, quem se submete ao tratamento ortomolecular também recebe a indicação de consumir suplementos que potencializam o reequilíbrio químico do organismo. Até mesmo a forma de cozinhar pode influir no processo. Não recomendamos o uso de panelas de alumínio, pois este metal é tóxico, e nem o cozimento dos alimentos acima dos 100 graus, para evitar a oxidação da comida”, acrescenta Machado.
Sindicato dos Terapeutas do Estado do Rio de JaneiroSINTER-RJ, órgão representante dos Terapeutas Naturistas do Estado do Rio de Janeiro
Site: http://www.siterrj.org
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