Prótese de silicone pode corrigir deformidades físicas e melhorar aspecto estético de quem não consegue desenvolver a musculatura.
O implante de prótese de silicone é uma das cirurgias plásticas preferidas entre as mulheres. A técnica aumenta os seios, beneficiando a estética corporal e a auto-estima. Segundo o cirurgião plástico Alderson Luiz Pacheco, o implante na região do tórax também é realizado em homens que desejam um peitoral mais protuberante. “O objetivo é promover um aspecto de musculatura desenvolvida na região peitoral. A prática de musculação muitas vezes não é o suficiente para obter este resultado, por isso a plástica é uma alternativa”, observa.
A prótese usada em cirurgias masculinas é diferente das femininas. O implante para homens é feito de um material mais compacto, com a consistência de um músculo trabalhado de verdade. “Apesar da finalidade estética ser a mais difundida, a plástica no tórax masculino surgiu a partir da necessidade de corrigir deformidades físicas provenientes de doenças congênitas ou outras causas como tumores e acidentes. A Síndrome de Poland é um exemplo típico da utilização da prótese masculina, pois esta síndrome é mais comum em homens e geralmente afeta o lado direito. Segundo um estudo realizado em Curitiba com 109.709 adolescentes e publicado por Marlos Coelho e outros autores, há um em cada 34 mil tinha o problema. Nestes casos é realizada uma cirurgia reparadora para normalizar a região”, explica.
Pacheco esclarece que cada homem possui características físicas únicas, por isso existem diferentes tamanhos de prótese para que seja possível adequar o tamanho e a forma ao corpo. “No mercado há próteses nos tamanhos pequeno, médio e grande, normalmente com formato retangular e cobertura lisa ou texturizada. Nos Estados Unidos este tipo de cirurgia já é bem comum entre os homens, mas o segmento está crescendo no Brasil e a tendência é que o número de implantes de peitoral masculino aumente”, aponta o médico, mestre em Princípios da Cirurgia utilizando o laser.
Para que o implante possa ser colocado é necessária à realização de uma incisão na axila, onde o cirurgião arruma um espaço para a inserção da prótese. O silicone é colocado abaixo do músculo peitoral, projetando a musculatura para frente sem afetar sua função. “Uma diferença entre os homens e as mulheres é que a maioria das pessoas do sexo masculino não chega ao consultório com modelos a serem seguidos. A expectativa é de melhorar a aparência, mas não de ficar igual a este ou aquele outro homem”, observa o especialista que atua na Clínica Michelangelo de Cirurgia Plástica, em Curitiba.
A avaliação do cirurgião durante as consultas pré-operatórias leva em consideração o tipo de tórax e o porte físico. O volume muscular que se deseja alcançar com a prótese é definido em função do desejo do paciente e das limitações cirúrgicas e corporais. “Na cirurgia plástica o excesso não é bem vindo, especialmente quando se trata de intervenções em homens. Nós procuramos o equilíbrio, a harmonia corporal. O implante tem que ficar o mais natural possível, para realmente dar a sensação de que o músculo está desenvolvido”, enfatiza.
Um detalhe importante é que se não houver fibras musculares suficientes na região o resultado da cirurgia não será satisfatório no que diz respeito ao aspecto estético final, já que o implante projeta o músculo. Além disso, a prótese necessita de proteção da musculatura para que não saia do lugar, por isso ele não é colocado abaixo da pele. A característica genética é fundamental, pois são os genes que determinam o desenvolvimento do peitoral. “Como em qualquer cirurgia o implante envolve riscos que podem ser evitados com a investigação feita antes da operação. Por isso é importante fazer todos os exames solicitados”, recomenda.
Geralmente o paciente é submetido à anestesia peridural com sedação ou local e a duração da intervenção cirúrgica varia entre uma e duas horas. “Após o implante o paciente recebe alta no mesmo dia, o que é chamado de ‘day-hospital’. Esta modalidade de internamento é indicada para procedimentos menos invasivos, nos quais é necessário no máximo 24 horas de internação. A vantagem é que o paciente sofre menos desgaste”, comenta o médico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
No pós-operatório o paciente é orientado a dormir de barriga para cima e utilizar uma faixa elástica no primeiro mês. O retorno às atividades que exijam a elevação dos braços acima do cotovelo só deve ser realizado após três semanas. “Movimentos com o ante-braço são permitidos logo no pós-operatório, mas não se pode carregar peso. As atividades físicas com braços e peitoral, como natação, devem ser suspensas por três meses, período suficiente para visualizar o resultado definitivo. É bom lembrar que a cirurgia é indicada somente após os 18 anos”, acrescenta.
Doutor Alderson Luiz Pacheco (CRM-Pr 15715)
Cirurgião Plástico
Site: http://www.alplastica.com/
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