Gustavo Henrique Braga
Dados divulgados pela Organização Mundial do Turismo (OMT) nesta segunda-feira (18) confirmam que a China continua a ser a líder global na saída de turistas para outros países, com benefício a mercados como Japão, Tailândia e Estados Unidos. O balanço de 2015 da organização mostra ainda que o número de viajantes internacionais cresceu 4,4% em 2015 – o sexto crescimento anual seguido do setor – o equivalente a 1,184 bilhão de viagens internacionais. Atento às oportunidades deste mercado que vem crescendo ano a ano, o Ministério do Turismo tem investido em um conjunto de ações para atrair cada vez mais turistas de outros países.
Entre as iniciativas recentes está o cadastramento de mais de 300 agências de turismo brasileiras junto ao Ministério do Turismo, em dezembro, interessadas em receber grupos de turistas chineses no Brasil. O cadastramento é resultado de uma negociação entre os governos brasileiro e chinês para ampliar o número desses turistas no Brasil e ampliar o turismo de negócios e lazer, potencializando a atração de investimentos estrangeiros no país.
O comunicado da OMT mostra que países com economias avançadas registraram, em 2015, crescimento médio de 5%, enquanto países emergentes tiveram crescimento médio de 4%. Para 2016, a organização projeta que o setor irá crescer 4%, puxado pela Ásia e Américas que devem crescer entre 4% e 5%. A estimativa é que a Europa cresça entre 3,5% e 4,5%. Para África e Oriente Médio a projeção também é positiva, com crescimento estimado entre 2% e 5%, porém com maior grau de incerteza e volatilidade.
VISTOS – Outra ação desenvolvida pelo Ministério do Turismo para receber mais turistas estrangeiros foi a publicação da portaria 216, em 30 de janeiro, que estabeleceu a isenção de vistos para visitantes da Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão entre 1º de junho e 18 de setembro de 2016. A medida levou em conta uma série de fatores, tais como elevado fluxo emissivo internacional dos países escolhidos, histórico positivo no envio de turistas ao Brasil, países que mais gastam no Brasil, forte tradição olímpica e baixo risco migratório e de segurança.
Ainda segundo o comunicado, a alta do dólar contribuiu para a redução de viagens internacionais dos brasileiros. Em contrapartida, este mesmo fator fortaleceu o turismo interno ao fazer com que os viajantes brasileiros optem cada vez mais por destinos domésticos, além de tornar o Brasil um destino ainda mais competitivo no mercado internacional.
Segundo o estudo Sondagem do Consumidor– Intenção de Viagem, do Ministério do Turismo, divulgado em janeiro, os destinos nacionais deverão ser a escolha de cerca de 9 em cada 10 brasileiros nas próximas viagens, incluindo as férias de verão e carnaval. Entre os entrevistados, 86,4% afirmaram que desejam conhecer mais o Brasil, um crescimento de 8% em relação a dezembro de 2014. Para os viajantes, as regiões Nordeste (36,9%) e Sudeste (36,8%) serão as mais procuradas, seguidas do Sul (17,3%), Centro-Oeste (6,4%) e Norte (2,6%).
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